O Tarô
O Tarô é um oráculo que reflete o Homem, seu estado e seu meio, o micro e o macrocosmo. É um conjunto de símbolos que serve para orientar o homem em sua jornada existencial, em seu processo de auto descobertas. De revelar-se. É o espelho da alma!
O Tarô é um conjunto de imagens arquetípicas, é um conjunto de símbolos, é um legado de homens sábios, é também uma representação simbólica da Árvore da Vida, mas é, sobretudo, um instrumento de autoconhecimento que nos leva a auto descobertas... No Tarô está sintetizada, em sua simbologia, toda a manifestação do Ser Humano, do mundo superior e de suas conexões com o Todo! Tudo em nossa existência pode ser encontrado nos arcanos do Tarô.
O Tarô não é um oráculo que sirva a adivinhação, ele é baseado na estrutura mental e emocional do ser humano, nos fatores naturais da existência e de acontecimentos da vida, portanto é um oráculo para análise, interpretação e compreensão. Os arquétipos contidos no Tarô apresentam nossa essência, nosso comportamento, nossos sentimentos e nosso processo de desenvolvimento...
Quando aprendemos sobre a linguagem simbólica e arquetípica do Tarô, adquirimos condições para melhor compreendermos a existência humana. Quando se consegue entender a linguagem simbólica do Tarô, adquire-se condições para melhor compreender a existência humana. Estudando as lâminas do Tarô, o psicólogo suíço Carl Gustav Jung descobriu que a linguagem contida nestas lâminas era uma linguagem arquetípica. Essa linguagem é composta pelos arquétipos, que significam as verdades da alma (psique). Estes arquétipos acompanham o homem desde tempos remotos e estão diretamente ligados ao Inconsciente Coletivo. (JUNG, Carl Gustav. Jung e o Tarô, Uma jornada arquetípica. Ed. Cultrix. São Paulo. 1999.)
O Tarô representa o espelho da alma humana, em seus símbolos e arquétipos estão registradas todas as possibilidades da vida, as tendências e os caminhos, que são conseqüências de ações assumidas. A “não ação” também é ação. O Tarô expressa o comportamento de uma situação e/ou do ser humano, ou seja, analisa um caminho envolvendo a pessoa, os outros e os possíveis resultados sempre baseado no conteúdo mental, emocional e vibracional de quem o consulta.
O Tarô nos traz também um grande conteúdo filosófico e ensinamentos de ordem moral. Nos permite viajar no tempo e no espaço, identificando acontecimentos que podem vir a acontecer (futuro) se permanecermos com os mesmos hábitos e esquemas mentais (passado e presente). É, portanto, uma fonte de autoconhecimento e de individuação*[1].
A introspecção provocada pelo estudo dos seus símbolos nos leva a uma percepção mais clara da vida, mais plena, sábia e produtiva.
Este oráculo estabelece a relação do Homem com sua Alma, com o Todo, com sua própria existência, com Deus. E nesse processo temos o chamado Autoconhecimento.
A introspecção provocada pelo estudo dos seus símbolos nos leva a uma percepção mais clara da vida, mais plena, sábia e produtiva. Este oráculo esclarece a relação do Homem com sua Alma, com o Todo, com sua própria existência, com Deus. E nesse processo temos o chamado Autoconhecimento.
Interpretar o Tarô é compreender o ser humano durante sua grande viagem existencial, compreender a busca por si mesmo e por sua realização pessoal. Compreender os arquétipos do Tarô é um caminho para se desvendar os mistérios de si mesmo e é por essas características que o Tarô é um instrumento terapêutico capaz de ajudar eficazmente o indivíduo em sua busca.
O universo do Tarô é muito amplo e pode ser profundamente explorado visando o autoconhecimento, auto-ajuda, orientação, meditação e terapia.
Estrutura do Tarô
O Tarô é composto por Arcanos, são 78 lâminas (cartas) com nomes e símbolos próprios. Estas imagens são interpretadas através do estudo da simbologia própria e arquetípica do Tarô. Estes significados não podem ser alterados, independentemente de que Tarô se interprete, pois Tarô é Tarô. Alguns Arcanos Maiores são conhecidos por diferentes nomes, mas todos conservam sua essência original. O mesmo ocorre com todos os Arcanos: todos têm os mesmos atributos (em qualquer Tarô). O que os diferencia são apenas as imagens e as explicações mais elaboradas, com mais exemplos (sempre análogos), uns dos outros. Pode ocorrer em alguns casos, quando se estuda um Tarô Moderno, por exemplo, identificarmos que, além da simbologia do próprio Arcano, temos também a simbologia própria daquele autor, que agrega informações, mas jamais elimina ou altera informações essenciais.
Os Arcanos do Tarô
A palavra Arcano, derivada da expressão grega Arcanum, significa "grande segredo"
O Tarô está dividido em três partes:
A 1ª parte representa Deus / O Espírito e é constituída pelos 21 dos Arcanos Maiores;
A 2ª parte representa o Homem, é simbolizada pel'O Louco, Arcano XXI nas escolas da Tradição antiga, ou XXII, em algumas abordagens modernas. Considerado como Arcano Zero, representa a síntese do Tarô.
- 22 Arcanos Maiores: A essência dos Arcanos Maiores representa os aspectos de orientação pessoal (personalidade), de uma situação, do livre-arbítrio, tendência do destino e o mundo das idéias. Representa o Plano do Homem, da Natureza e do Espírito.
A 3ª parte representa o Mundo Visível e é representada pelos 56 Arcanos Menores, formando 4 séries de 14 cartas cada e quatro naipes, além das figuras da corte.
- 56 Arcanos Menores: A essência dos Arcanos Menores representa os resultados obtidos através do livre-arbítrio, das escolhas, indica caminhos e atitudes a se seguir. Estão relacionados a rotina e ao cotidiano. Representa o mundo manifesto.
_______________________________________________________________
O QUE É TARÔ AFINAL?
Tarô é um oráculo que nos presenteia com a oportunidade do autoconhecimento, é nosso espelho é o "Revelar-se a si mesmo" através dele!
A Adivinhação é sempre muito solicitada, mas é um equívoco acreditar que o Tarô seja, singelamente, um instrumento adivinhatório. Através dele observamos apenas tendências lógicas e racionais, compatíveis com o estado emocional de quem o consulta. É a Lei da Causa e Efeito em ação constante.
[1]*"Individuação significa tornar-se um ser único, homogêneo, na medida em que por 'individualidade' entendemos nossa singularidade mais íntima, última e incomparável, significando também que nos tornamos o nosso próprio si mesmo. Podemos, pois, traduzir 'individuação' como 'tornar-se si mesmo'" (Jung, 1928, p.49).
Visite também meu Blog sobre Tarô, clique no banner: